"O amor é" de Nuno Júdice, Geometria Variável, Lisboa, D. Quixote, 2005, p. 94
"Ferida que não dói,
a palavra que não precisa de ser dita,
um olhar suspenso dos teus olhos,
respirar o ar em que respiras.
dizer o teu nome
e ouvir nele a tua voz,
esperar-te a cada instante
em que sei que me esperas,
dar-te a alegria que me dás,
ver-te chegar num eco de ave
e deixar que me prendas
com o teu gesto mais suave,
sentir-te, só, ao pé de mim,
e sentir-me tão longe de ti,
saber que existes em mim
como sei que existo em ti,
"Ferida que não dói,
a palavra que não precisa de ser dita,
um olhar suspenso dos teus olhos,
respirar o ar em que respiras.
dizer o teu nome
e ouvir nele a tua voz,
esperar-te a cada instante
em que sei que me esperas,
dar-te a alegria que me dás,
ver-te chegar num eco de ave
e deixar que me prendas
com o teu gesto mais suave,
sentir-te, só, ao pé de mim,
e sentir-me tão longe de ti,
saber que existes em mim
como sei que existo em ti,
a flor de fogo do teu corpo,
a beijar essa flor."
Fonte: Manual Português + 10º ano, Areal Editores
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