Manuel Alegre, O Canto e as Armas, in Obra Poética, Lisboa, D. Quixote, 2000, p.193
Fonte: Manual Português + 10ºano, Areal Editores
Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde o automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
Viu lágrimas correrem no teu rosto
E alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde o automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti
E ouviu dizer adeus essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
Fonte: Manual Português + 10ºano, Areal Editores
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